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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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CANÁRIAS: UMA PROFUNDA INFLUÊNCIA PORTUGUESA

No seguimento do artigo intitulado A ascendência portuguesa dos canarinos, como já dissemos, antes de publicar o artigo: “Ares de Lima” género da música tradicional das Ilhas Canárias de origem minhoto, queremos especialmente, descrever um pouco aos leitores e seguidores deste ótimo blogue, a profunda influência portuguesa na cultura do povo canarino que é o resultado determinante da participação dos portugueses na conquista e posterior colonização das Ilhas Canárias.

DIALETO    

Como descrevemos no nosso primeiro artigo, a pesar de os portugueses serem numerosos e maioritários em muitos povos, vilas e cidades das Ilhas Canárias, após da conquista e posterior colonização, nunca alcaçaram o poder e junto dos guanches e outros colonizadores, foram castelhanizados. Como terrível consequência da imposição do castelhano, a língua dos que tinham o poder, o português e o guanche não se arraigaram nas Ilhas Canárias, nem surgiu um crioulo de base ibérica como o papiamento das Antilhas Neerlandesas ou de base portuguesa como o cabo-verdiano de Cabo Verde e outros de outras ilhas do Atlántico. Foi lamentável, pois hoje o guanche não seria uma língua morta e os canarinos tivessem sido triglotas. Contudo, a formosa língua de Camões, José Saramago mais outros grandes escritores lusos, deixou muitas palavras e expressões no espanhol falado nas Ilhas Canárias. Da mesma forma, influiu em algumas estruturas gramaticais, tal vez, os canarinos não usam o pronome pessoal reto da segunda pessoa do plural vós e, a sua correspondente forma verbal, por influência do português, onde acontece a mesma situação. No que toca à fonologia é menor o contributo, porque neste ramo da linguística o dialeto canarino foi mais influenciado pelo andaluz e, a influência andaluza é quase a mesma que a recebida pelo barranquenho, mas no dialeto canarino puro, o que se fala nos povos do interior das ilhas maiores e em muitos povos das ilhas menores pelas pessoas mais idosas, ainda é possível escutar a elevação da vogal átona o, conforme às regras do processo do vocalismo átono próprio do português europeu: /o,ɔ/ fonológicos realizam-se como [u] fonético, e dizer, em uma linguagem menos técnica, os o átonos (não acentuados), são pronunciados como u, exemplos: andoriña “andorinha” folelé “libélula”, camino “caminho” = anduriña, fulelé e caminu, e algumas vezes com a evolução do português para o canarino, os termos portugueses são escritos conforme à pronúncia: papas turradas de la fogalera “batatas torradas da fogueira”. Igualmente sucede nos lusitanismos a perda de silabicidade das vogais átonas altas [i] e [u] em hiato, quando ocorrem antes de outra vogal qualquer, são substituídas pelas semivogais correspondentes [j] e [w] e o dialeto canarino toma em conta este fenómeno fonológico na escrita: mágoa = magua, Eanes = Yanes, Soares= Suárez, é o que seria uma semivocalização das vogais átonas que geram uma ditongação, um ditongo crescente: ea = ia ou ya e oa= ua, há linguistas que afirmam que no português europeu não existem tais ditongos, mas no espanhol sim. Finalmente, segundo o professor palmense D. Pedro Nolasco Leal Cruz, autor do livro intitulado: El español tradicional de La Palma, La modalidad hispánica en la que el castellano y el portugués se cruzan y se complementan, em 20 de fevereiro de 2017 no site: www.eldiario.es/lapalmaahora/.../espanol-tradicional-profesor-Nolasco_0_603690508... ressalta que «a única e grande diferença que tem o espanhol de La Palma com referência ao de outras ilhas é que em aquele o português tem feito muita mais mossa que nas demais, até o ponto que pudo ser considerado uma língua crioula como o foi o papiamento de Curaçao”. “ A Ilha conserva quase o 100% dos portuguesismos canarinos. É sem lugar a dúvidas o lugar idóneo para estudar melhor a influência do português a nível insular». Certas são as palavras do professor, pois nalguns povos da ilha de La Palma, ainda é possível ouvir o infinitivo pessoal que não existe no espanhol e outras estruturas da língua portuguesa, grande foi a impressão na ilha bonita, que na linguagem coloquial, os habitantes da sua capital Santa Cruz de La Palma, são conhecidos popularmente como portugueses e, uma das razões é, porque dizem que falam como eles. 

PSICOLOGIA 

A profunda influência portuguesa é em todos os aspetos da cultura do povo canarino, mas é a impregnação guanche e lusa a que faz dos canarinos serem diferentes do resto dos espanhóis. Como em Portugal, a família é o centro da vida nas Ilhas Canárias, apesar de os velhos costumes estarem a mudar, em particular nas cidades, é normal verem-se três e quatro gerações sob um mesmo teto, onde a mãe exerce um papel fundamental pela sua excessiva maternidade e, quiçá por esta razão, os canarinos têm um carinho especial pelas crianças, ¡Mi niño! “O meu menino!” ou ¡Mi niña! “A minha menina!” é uma expressão quotidiana das Ilhas que se emprega carinhosamente com os meninos e algumas pessoas adultas. Os canarinos são sérios e em muitos casos melancólicos, mas a relação social está baseada no bom humor. Um humor socarrón, “socarrão” com o significado na língua espanhola de pessoa que se exprime de maneira dissimulada e com aparência de ingenuidade e não com o signifacado de velhaco ou intrujão em português.  Um Humor irónico e indireto quase sempre encaminhado aos órgãos e relações sexuais, outras partes do corpo e certas ações engraçadas. O canarino utiliza esse humor como válvula de escape para evitar um conflito. Uma vez estávamos a esperar na charcutaria de um supermercado e uma das charcuteiras disse um número e, como ninguém respondeu, passou ao seguinte e antão, um senhor empertigado com muita arrogância exclamou: -Eu tinha o número anterior, não me viu que estava a olhar para si!-, a charcuteira imediatamente contestou:  -O Senhor tem razão, exatamente, eu vi que o senhor estava a olhar para mim!-. Apanhou o fiambre da fiambreira, para o levar à vitrina refrigerada e com um ligeiro e irónico sorriso disse: -Mas eu não sei se esse estranho e intenso olhar tinha outras intenções!- Todos os que esperávamos pelo nosso turno, começamos a rir às gargalhadas, até o teso senhor, foi a fórmula perfeita para findar a disputa. Alguns estudiosos e investigadores já declararam que é um humor de origem galaico-português. No entanto, por detrás dos sorrisos e muitas vezes as risadas ruidosas e prolongadas, há um muito enraizado aspeto da psique canarina que os próprios canarinos denominan magua, em português mágoa, o vocábulo do dialeto canarino mais querido que tem os mesmos significados que em português e, em todo o arquipélago canarino, é a nossa saudade, essa espécie de melancolia etérea que parece ansiar algo perdido ou inatingível caraterística dos portugueses, a morriña dos galegos, a nostalgia ou añoranza dos espanhóis, mas nas Ilhas Canárias tem outros significados. Ficar com magua, algumas vezes é ficar com ganas de comer algo, nas Ilhas Canárias os meninos não podem passar fome nem é correto comer na frente de uma criança sem convidá-la porque é desaprovado. Uma vez, na central de camionetas de São Cristóvão da Lagoa estava com os meus filhos ao meio-dia e um senhor tinha um cacho de bananas e estava a comer, acho que os meus filhos estavam a olhar para ele e o homem veio e deu-lhe uma banana e disse: -¡Cómanse el platanito mis niños que están esmayaditos!- “Comam-se as bananas os meus meninos que estão com fome!”, e logo olha para mim e disse: -¡No los podía dejar con la magua!.- “Não os podia deixar com a mágoa!”. Só na ilha de La Palma magua também é utilado com o significado de nódoa ou marca produzida por contusão e, na ilha de Lanzarote, o verbo maguarse “magoar-se” além do sigificado que tem em todas as ilhas, é aplicado para dizer que uma rês fica sem leite em uma teta. Ao longo da história, as Canárias foi a ponte entre a Península Ibérica e América. Muitos canarinos emigraram desde o século XVI e contribuíram à colonização da América, o destino foi sobretudo Cuba, Porto Rico, Venezuela, República Dominicana, Uruguai e os estados de Luisiana e Texas nos Estados Unidos da América, o povo canarino como os outros povos galaico-portugueses, é um povo emigrante. 

GASTRONOMIA 

A gastronomia canarina tem muito da portuguesa, o gofio “farinha obtida de trigo, milho e outros ceriais torrados” é o alimento principal herança do povo guanche, mas depois são as batatas e, o segundo símbolo cultural da cozinha canarina, são as papas arrugadas “batatas enrugadas” cozidas com casca em água com muito sal, que possívelmete têm a sua origem no gosto dos portugueses de cozinhar as batatas com sal no forno, como são as batatas a murro. Quase todos os canarinos acham que o puchero ou zancudo “cozido canarino” é descendente do cozido madrilenho, mas é mais semelhante ao cozido de grão à moda do Alentejo ou à algarvia, a diferença é que no puchero ou zancudo canarino, nos seus ingredientes há mais vegetais: cove, batata, batata-doce, feijão-verde, chuchu, bogango ou curguete, cenoura, abóbora, pera e espiga de milho tenro). Sem dúvida alguma, o rancho canarino é herdeiro do português e o gosto pelo peixe seco e salgado que nas Canárias é jareado, não há mil e uma maneiras de fazer o bacalhau, mas temos o sanchocho de cherne, cozido em água e outros condimentos e acompanhado com papas arrugadas e molho verde ou vermelho ou o pescado salado en encebollado, peixe salgado, geralmente: bacalhau, cherne ou corvina, com cebolada canarina que é a base de quase todos os pratos: cebola, alho, pimento verde, pimeto vermelho e tomate frito em óleo e temperado com sal, pimenta, orégão, tomilho, loureiro e colorau, o peixe é fervido com a cebolada e um bocadinho de água e vinho branco ou antes as postas do bacalhau são passadas por farinha de trigo e douradas no azeite, neste caso, o azeite é usado para fritar a ceboladaporque assim dá mais sabor, este prato com as papas arrugadas é muito saboroso. São as duas formas mais típicas e é um evidente legado português, como também é o molho de coentros, o gosto e uso do milho na culinária, os cominhos e outros condimentos. O molho de coentros pode ser à moda antiga: alhos, coentros, pimenta, óleo e vinagre feito à mão com os ingredente picados com faca em bocados muito pequenos ou triturados em almofariz; o atual molho é feito com varinha mágica com mais outros ingredientes: pimento verde, limão, cominhos, água e abacate que o deixam cremoso, as papas arrugadas com este molho são deliciosas. É possível dizer que os pratos mais representativos da gastonomia canarina são portugueses. A entrada pode ser o queijo palmense (da ilha de La Palma) ou majorero (da ilha de Fuerteventura) grelhado e servido com molho de coentros ou molho vermelho, o almogrote gomero da ilha de La Gomera com pão no forno a lenha ou as rodelas de tomate canarino temperadas com alho, óleo vinagre e oregão. O primeiro plato é o Puchero ou Zancudo, o segundo prato o Sancocho ou Pescado Salado com papas arrugadas e o frangollo de sobremesa, uma espécie de aletria feita com rolão de milho com leite, ovos, açucar, manteiga, um pedaço de casca de limão, um pau de canela, amêndoas e passas, de consistência compacta como nas Beiras que se pode cortar em fatias ou cremosa como no Minho, na travessa polvilha-se com canela e no prato pode ser servido juntamente com mel ou guarapo “mel da palmeira canarina” e acompanhado com uma mistela. Além da sobremesa típica há outras: o leite assado e queijinho, que se parece ao pudim abade de Priscos, ovos moles, flan, natillas, arroz-doce, mais outros muito gostosos e uma doçaria importantíssima: bienmesabe de Gran Canaria, rapaduras equeijo de amêndoas de La Palma, quesadillas de El Hierro, tortas de La Gomera (são como bolachas) mais outros; também os das Festas de Natal, Carnaval, Semana Santa: Trutas (são como empadas) com recheio de batata-doce com amêndoas ou doce de chila, rosquilhas, filhó de abóbora ou banana, torrijas, biscoitos, bolos, merengue assado e muitos mais. Nesta reifeição tradicional dos três pratos típicos mais entrada, não pode faltar a pella (bola) de gofio e o vinho do país ou da terra. Atualmente, com a regulação do colesterol para seguir uma dieta saudável, com o Puchero ou Zancudo sem entrada e tal vez com sobremesa é suficiente, como dizem alguns minhotos: -¡Já chega!-. A atriz canarina Lili Quintana, no programa de humor da televisão autonómica das Ilhas Canárias En Clave de Ja com a sua personagem de Chona, disse que um dia foi almoçar a um reataurante canarino, comeu queijo, gofio e um pão inteiro com almogrote gomero de entrada, um prato encolmado como dizemos nas Canárias “repleto” de puchero e outro de sancocho com muitas papas arrugadas e molho colorado “vermelho, tomou vários copos de vinho, um prato de frangollo com mistela de banana de sobremesa e, após de se tomar o café, quando ela chegou à sua casa se comeu um iogurte activia para compensar a embostada “o empanturramento”. 

 ARQUITETURA 

A arquitectura tradicional canarina é uma variante da arquitetura tradicional da Macaronésia de base alentejana e algarvia em relação ao âmbito rural, no arquipélago canarino nas casas terréas rurais é possível ver as cercaduras das janelas, os frixos das esquinas chamados faixas, barras ou riscas e os rodapés a cor azul das casas alentejanas e as chaminés do Alentejo e do Algarve. As casas da ilha de Lanzarote, escolhida pelo Nobel de Literatura português como última morada, têm umas chaminés que relembram muito às algarvias.

Nas duas fotografias a seguir mostramos o aporte cultural alentejano, na primeira foto uma casa tradicional de Pedro Álvarez, freguesia do concelho de Tegueste no nordeste da Ilha de Tenerife. É a casa camponesa de dois andares em estado ruinoso do mais puro estilo arquitetónico tradicional canarino, variante do estilo colonial macaronésio. Nesta casa ainda é possível ver um vestígio da faixa azul, janela de guilhotina e a frontaria está rematada na sua parte superior com um beiral, prolongação do telhado, formado por uma fileira de telhas. Foto de Tegueste Guía Turística publicada pela Ilustre Câmara Municipal da Vila de Tegueste em fevereiro de 2002. Na segunda fotografia realizada por Naim Acosta, pode-se ver uma casa tradicional de Valle de Guerra, freguesia do concelho de São Cristóvão da Lagoa situada na comarca nordeste da ilha de Tenerife. Esta casa térrea é do estilo chamado de transição, em finais do século XIX e princípios do século XX. Tem uma frontaria com janelas de tipo abatíveis e postigos interiores, parapeito cego que oculta o telhado de telha marselhesa, rematado por cordão de alvenaria e uma cornija do mesmo material ou de tijolo maciço de argila avermelhado pintado a azul como as faixas e rodapé, as janelas e portas não têm cercadura a azul, porque são de madeira.

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Nas vilas e cidades há influência de outras regiões ou províncias de Portugal, calçada empedrada, janelas, portas e varandas, ornamentos de arte manuelina e outras caraterísticas que trouxeram os portugueses, um belo exemplo de decoração manuelina é a frontaria da igreja da Nossa Senhora da Asunção da cidade de São Sebastião da Gomera, capital da ilha de La Gomera e a torre da basílica da Nossa Senhora do Pinheiro em Teror, padroeira da Ilha de Gran Canaria. Já o disse Torriani, o melhor exemplo de uma cidade que representa à arquitetura tradicional urbana à portuguesa em todo o seu esplendor, é a cidade de Santa Cruz de La Palma, capital da ilha de La Palma, mas também temos o bairro de Vegueta no casco histórico da cidade de Las Palmas de Gran Canaria capital da Ilha de Gran Canaria e da província (distrito) que administra as ilhas orientais. Em Tenerife temos no norte, a cidade de San Cristóbal de La Laguna “São Cristóvão da Lagoa”, berço de São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil e cidade classificada Património da Humanidade pela UNESCO, o maravilhoso e encantador entorno do ex-convento e igreja do Santíssimo Cristo de Tacoronte, em sobrecanarias.com/2010/04/05/tacoronte-mar-y-montana-en-tenerife/, há uma foto muito bonita realizada em um dia cinzento, a Villa de la Orotava, joia arquitetónica de Tenerife que este ano solicitará à UNESCO a declaração de Património Mundial, casco histórico do Puerto de La Cruz, Los Realejos, San Juan de La Rambla, o entorno da praça de São Marcos junto do drago milenário da cidade de Icod de Los Vinos, Garachico e Los Silos, no sul temos Arafo, Vilaflor, mais outros cascos históricos de grande beleza e pequenos casarios como Masca em Boavista do Norte ou Ifonche no concelho de Adeje no sul de Tenerife.

A fotografia a seguir realizada por Naim Acosta, mostra La Casona situada no entorno da igreja de Santa Catarina de Alexandria, padroeira da cidade de Tacoronte. É uma das casas mais antigas que se conservam nesta cidade. Foi construida por Dom Juan Pérez, clérigo da Igerja de Santa Catarina, no século XVIII, com o objeto de fundar a capellania da paróquia “sede do capelão”, morada e escritório do padre ou pároco. Na sua frontaria salienta-se a formosa varanda canarina envernizada igual que as portas e janelas de guilhotina e, entre a casa de dois andares dos senhores e a casa térrea da criadagem, está a porta com ameias típica da arquitetura tradicional canarina. Junto da casa térrea com portas e janelas pintadas a castanho-escuro sem alternância, há também uma casa de dois andares com a frontaria pintada a amarelo-canarino, as portas e ventanas de guilhotina a verde-inglês e branco e os grandes blocos de pedra das esquinas à vista, finalmente, a rua é pedonal com calçada empedrada.

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Em seguida uma fotografia realizada por Naim Acosta ilustra a casa térrea que está noutro lado de La Casona, nesta casa pode-se ver o estilo mais representativo da arquitetura tradicional das Ilhas Canárias, portada com ameias e cruz, ventanas de guilhotina, paredes pintadas a branco e portas e janelas a verde-inglês com alternância. O telhado quatro águas com telha mourisca ou árabe rematado com beirais, formado por dupla fileira de telhas e todo o madeiramento de tea, uma madeira resinosa e muito duradoura que se extrai dos pinheiros canarinos anosos.

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A fotografia que se segue também realizada por Naim Acosta, expor à vista mais perto, as casas mais próximas do ex-convento e igreja do Santíssimo Cristo de Tacoronte que como já indicamos acima, no site sobrecanarias.com/2010/04/05/tacoronte-mar-y-montana-en-tenerife/, é possível ver quase todo o conjunto arquitetónico. Nestas duas casas vemos outra modalidade, a casa pintada a branco com janelas e portas a castanho-escuro e a casa pintada a vermelho-canarino. A cor mais típica nas paredes e a branca e depois nesta ordem: amarela, vermelha, azul e verde, as duas últimas não são muito vistas e, no que concerne à madeira de portas e janelas, se a madeira não é envernizada, é pintada a verde-inglês e a castanho-escuro, no caso das janelas quase sempre há alternâcia, as duas cores principais com a cor branca. Finalmente, pode-se admirar outro tipo de calçada empedrada e janelas na casa pintada a vermelho, que tem os blocos de pedra das esquinas á vista.

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AGRICULTURA 

Agricultiura, pecuária, pesca, artesanato têm muito de Portugal. O principal promotor da primeira expansão vitícola canarina foi o colonato de origem português, que chegou à nova terra procedente do Norte de Portugal e da Madeira e as primeiras castas que cultivaram foram a malvasia e o terrentês. A viticultura é portuguesa, muitos portugueses que têm visitado as Canárias dizem que os vinhos são muito parecidos aos portugueses, enólogos portugueses dão por certo que a elaboração artesanal dos vinhos em Tenerife é postuguesa, podemos ver a herança deixada pelos portugueses nos lagares tradicionais canarinos que são como os madirenses, nos antigos palheiros ou casas de telhados de palha de Tenerife e La Palma que são como palheiras dos Açores e em vários instrumentos agrícolas.  Onde mais se pode apreciar o efeito português relativamente ao artesanato, é nas cestas e trançados, nos bordados e rendas e na tecelagem. 

MEDICINA POPULAR 

Na medicina popular existe a figura do Santiguador “benzedor” e a do Curandero “Curandeiro” e as benzeduras e remédios (infuções, tizanas, beberagens, unguentos, cataplasmas e mais) são de base galaico-portuguesa, mas o curandeirismo recebeu o complemento que introduziram os indianos, como eram chamados os emigrantes canarinos que foram para a ilha de Cuba em finais do século XIX e princípios do século XX, muitos deles voltaram ricos, hoje os curandeiros mesturam com técnicas do curandeirismo caribenho. A medicina popular está estreitamente vinculada à bruxaria canarina, pois benzedores e curandeiros têm que curar el daño “malefício” feito pelos bruxos, os feitiços, beberagens e outras questões da bruxaria no começo tinham base galaico-portuguesa e depois ficaram mesturados com técnicas africanas e americanas: santeria, vodu, candomblé e outras.

            Exemplo de reza

Oração da noite

 

Ó Anjo da minha guarda, doce companhia,

não me desampares, nem de noite nem de dia.

Jesusinho da minha vida, tu es menino como eu,

por eso eu te quero tanto e dou-te o meu coração.

Quatro esquininhas tem a minha cama,

quatro anjinhos que me acompanham,

com Deus me deito e com Deu me levanto,

com a Virgem Maria e o Espírito Santo.

Amem

 

          Exemplo de Benzedura

 

Ensalmo para cortar o mau-olhado, quebranto, susto, empacho e ar

 

Eu te benzo em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo

(o benzedor faz o sinal da cruz quando começa mencionar a Santíssima Trindade)

e no nome que te puseram na pia (nome da pessoa).

Eu te corto mau-olhado, opilação, alimento mal comido, água mal bebida, susto, quebranto.

Eu levo-o para o mais alto dos montes de Arménia e tiro-o para o mais profundo do mar,

onde não permaneça, nem perdure nem dano possa fazer a esta criatura.

Se entrou pela tua cabeça, Santa Teresa.

Se entrou pela tua frente, São Vicente.

Se entrou pelos teus olhos, Santa Lúcia.

Se entrou pela tua nariz, São Luís.

Se entrou pela tua boca, Santa Rosa.

Se  entrou pela tua barba, Santa Bárbara.

Se entrou pela tua garganta, Santa Clara.

Se entrou pelo teu peito, são Eulógio.

Se entrou pela tua barriga, Santa Maria.

Se entrou pelas tuas conjunturas, São Ventura.

E se entrou pelos teus braços e pelos teus pés Santo André.

(No fim, reza-se a Oração do Credo e a Salve Rainha)

Esta versão de ensalmo é villera da Villa de La Orotava em Tenerife

 

Muitos benzedores quando chegam a uma avançada idade deixam de curar porque quando rezam o doente transmite o dano: gritam, choram, arrotam, bocejam e até têm contorções de dor. 

INDUMENTÁRIA TRADICIONAL 

            No que se refere ao trajar, o melhor exemplo de comparação é o traje típico da mulher da Villa de La Orotava com o traje da mulher da Madeira e o traje típico do homem da ilha de El Hierro com o campino ribatejano. Também há semelhanças nos trajes tradicionais da ilha de La Palma com os trajes dos Açores. 

JOGOS E DESPORTOS 

            Nos jogos e desportos tradicionais temos o Calabazo “Cabaço”, que em Portugal é um regador de cabo longo e o recipiente utilizado para tirar, de poços e tanques, água para rega. Esta técnica da agricultura tradicional que se tornou em desporto na década de 80 do século XX para evitar a sua desaparição, somente é praticada no Vale de Aridane na ilha de São Miguel da Palma. A diferença com Portugal é que o cabaço na ilha de La Palma se utiliza para tirar agua dos canais que estão nos bananais, que não são acéquias nem regueiros. A referência mais antiga de rega com o cabaço que se conhece está em una carta registada no ano 1868 e, a construção do canal de águas onde se utiliza, da mão de colonos portugueses, començou no ano 1555. 

FESTAS E TRADIÇÕES POPULARES 

            Há parecença nas romarias canarinas com os cortejos etnográficos do Minho e benção de gado, as juntas de bois levam no pescoço umas bonitas coleiras com pequenas campainhas que no Minho são mais ostentosas,  mas nos Açores são quase iguais. Há festas populares com tradição muito antiga que possivelmente tem a sua procedência em terras portuguesas, há tejineros “habitantes de Tejina” estudiosos e investigadores que acham que a Festa dos Corações de Tejina, declarada BIC (Bem de Interesse Cultural) em 2003 pelo governo das Canárias, deriva da Festa dos Tabuleiros de Tomar, pois Ansejo Gomes, o fundador de Tejina, era natural da antiga sede da Ordem dos Templários. Tejina é um pequeno povo (freguesia) do nordeste de Tenerife que pertence ao concelho de São Cristóvão da Lagoa, separado da cidade de Tacoronte pelo povo de Valle de Guerra e poucos quilómetros separam este povo da Vila de Tegueste e o povo turístico de Bajamar. Temos de lhes dizer que o fundador de Tejina era concunhado de Sebastião Machado, fundador da cidade de Tacoronte, porque Asenjo Gomes era o esposo de Guiomar Gonçalves e Sebastião Machado de Isabel Gonçalves, duas irmãs filhas de Gonçalo Gonçalves Teixeira natural de Braga. Este bracarense sogro dos dois fundadores antes mencionados, participou na conquista das Ilhas Canárias, pelo que foi beneficiado com terras no repartimento através das datas. O Antonio Miguel Rodríguez, farmacéutico da Câmara Municipal de São Cristóvão da Lagoa iniciará em breve em representação da Associação de Vizinhos As Três Ruas de Tejina o contacto com a Câmara Municipal de Tomar para estudar e investigar as possíveis relações dos Corações com os Tabuleiros e fazer uma geminação do povo de Tejina com Tomar. Bravo! Antonio, terás toda a nossa ajuda. O Antonio publica artigos no blogue: pastillerodesalud.blogspot.com, onde há alguns muito interessantes como: Portugueses en Tejina, en el origen de nuestra cultura del vino publicado em 6 de dezembro de 2015, piedra y madera em 25 de setembro de 2015 e El origen divino de las plantas, Ceralias em 20 de julho de 2016, neste artigo há fotos antigas muito bonitas e uma foro de uma eira canarina lajeada.

De seguida uma foto com o Corazón de Tejina: Calle Abajo, “Coração de Tejina: Rua Abaixo” fotografia que está na p. 50 da 2ª edição revista e amplada do livro intitulado: Fiestas de San Bartolomé de Tejina da autoria de María José Ruiz e Guadalberto Hernández, publicado pela Câmara Municipal de São Cristóvão da Lagoa em 2002.

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MÚSICA TRADICIONAL OU FOLCLÓRICA

 

Finalmente, falamos um pouco da música tradional ou folclórica.

 

Não quero mais sinfonias

paro o hino das Canárias,

tenho com umas folias

e um povo atrás que as canta.

 

Quadra número 56 que está na p. 24 do livro intitulado: Año canario 365 coplas y algunos versos más acerca de El Condumio da autoria de Luis Carrasco publicado pelo CCPC em 1991 e, é toda uma certeza. A Folia, é por excelência a canção tradicional mais representativa do folclore musical canarino, propalada por toda o nossa  terra e além fronteiras pela diáspora canarina no mundo. Conforme à opinião dalguns musicólogos, este canto da etapa setecentista profundo, pois com ele o canarino exprime todos os seus sentimentos, pode proceder de Portugal e, temos de lhe dizer, que igual que muitos fados, quando o cantor começa o canto, os instrumentos tocados com plectro (bandolins, bandurras e alaúdes) fazem o que na linguajem da música tradicional canarina chama-se contracanto, um contrapunto à melodia interpretada pelo cantor. A Malagueña é a canção mais triste do nosso floclore musical com estrofes que falam da morte de uma mãe, de um filho e outras perdas e desgraças:

 

Eu vi a uma mãe morta

sobre uma tumba de mármore,

com a sangue corrompida

e o coração feito troços,

pelo filho que queria.

 

Não há coisa como uma mãe

encuanto no mundo existe,

porque uma mãe consola

a um filho quando está triste.

 

São as herdeiras diretas do fandango andaluz, mas a sua música tem muita simulitude com a charamba açoriana, há fragmentos musicais das duas canções que são iguais. Também pode descender do cavaquinho português igual que o ukulele havaiano, o Timple, que para os canarinos é o instrumento nacional, da nação canarina. Com exatidão, são os Aires de Lima “Ares de Lima” o género musical totalmente português, investigados pelo musicólogo Lothar Siemens provêm do Minho, das freguesias perto do Rio Lima e é um canto com lindas melodias típico das descamisadas canarinas, esfolhadas no Minho. Deste assunto, escreveremos um artigo mais aprofundado e ilustrado com letras e partituras, porque é uma dívida que temos com Carlos Gomes, mas queríamos escrever primeiro o artigo anterior e este, porque assim os leitores e seguidores deste excelente blogue, compreenderão melhor a razão pela que na música tradicional das Ilhas Canárias, há um género musical importado do Minho.

Os leitores e seguidores deste magnífico blogue podem fazer pesquisas na Internet para ter mais informação, ver fotos e poder comparar ou fazer um passeio virtual pelos lugares dos que falámos. Para aprofundar mais e conhecer alguns dos portugueses conquistadores e cofundadores do nosso povo, aconselhamos a leitura do artigo intiulado: ABUELOS PORTUGUESES. UNA ASCENDENCIA FAMILIAR EN CANARIAS, SIGLOS XV y XVI I e II  no site geneacanaria.blogspot.com/2015/02/abuelos-portugueses-una-ascendencia.html.

 

O nosso próximo artigo será um exemplo desta profunda influência portuguesa no povo canarino e, como melhor se pode exemplificar, é com o dialeto canarino. Uma breve estória escrita em dialeto canarino com a tradução em português mais um análise, demonstrará com clareza, que quando falamos de profunda influência, não é com excesso.

 

Este artigo é dedicado com muito orgulho e grande respeito à memória dos pais cofundadores do nosso povo, os portugueses que deixaram a sua maravilhosa terra natal para vir às nossas ilhas e legaram-nos uma formosa herança que constitui o nosso precioso património histórico, artístico e cultural, e eu, especialmente, desde o mais profundo do meu coração, dedico este artigo a minha mãe, que desde o berço me transmitiu a cultura tradicional da minha terra. Para ti a minha querida mãe.

 

Jesús Acosta

ACGEIA

São Cristóvao da Lagoa

Tenerife

BARCELOS TEM ACTIVIDADE CULTURAL DIVERSIFICADA EM MARÇO

Março com programação diversificada no Teatro Gil Vicente

Durante o mês de março, o Teatro Gil Vicente garante animação quase diariamente à cidade. Da programação, destacam-se a apresentação do documentário "Lutaram como Diabos", sobre a investida barcelense na I Grande Guerra, no dia 5; os concertos do festival Harmos, a 8 e 10, e ainda as conferências internacionais promovidas pelo IPCA, Dia D - Conversas sobre Design, no dia 29.

A Zoom - Associação Cultural leva a tela nove filmes, apostando em políticas inclusivas de formação de públicos com mais sessões dedicadas à comunidade infantil, através do Plano Nacional de Cinema, e ao público sénior com o ciclo dedicado ao japonês Yasujiro Ozu. Além disso, há "Gimme Danger", documentário de Jim Jarmusch sobre o frontman dos The Stooges, Iggy Pop, no dia 9; há "Eldorado XXI", de Salomé Lamas, filme vencedor do festival Porto/Post/Doc e que tem recebido elogios da crítica, no dia 15; "Se as Montanhas se Afastam", de Jia Zhangke, no dia 23, e, a fechar o mês, o cineclube dá início a um ciclo dedicado a Isabelle Huppert, atriz recentemente nomeada para um Óscar, com a exibição de "O Que está por Vir", de Mia Hansen-Løve, no dia 30.

Nos dias 2 e 12, o teatro acolhe os eventos solidários "Vamos Ajudar o Tomás", promovido pelo IPCA, e o projeto "Alma Gémea", com um espetáculo de Pedro Macedo, respetivamente. No dia 4, realiza-se a Gala de Desporto 2017, do Clube Motogalos. Nas artes performativas, a Associação D'Improviso apresenta duas peças: "Canto do Gineceu" dia 17, e "A Revolução das Mulheres", no dia 21, e a Capoeira volta a trazer a cena "O Fantasma da Ópera". Já o hall do teatro vai receber a exposição de artes plásticas "Musas", de Manuel Lima, a 8 de março, no âmbito da comemoração do Dia Internacional da Mulher.

Os bilhetes para assistir aos espetáculos podem ser adquiridos no local, ou através de reserva por e-mail (tgv@cm-barcelos.pt) ou telefone (253 809 694).

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HÁ “DESORDEM VERTICAL” NA ALA DA FRENTE EM FAMALICÃO

Exposição de Pedro Casqueiro é inaugurada no dia 4 de março, pelas 18h00 e fica patente ao público até 27 de maio

O universo pictórico de Pedro Casqueiro, que explora formas, registos, diagramas, estruturas mentais e visuais denunciando uma pintura de pendor abstratizante, é o próximo desafio de interpretação artística a ser colocado aos visitantes da Ala da Frente - Galeria Municipal de Arte Contemporânea de Vila Nova de Famalicão.

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A exposição “Desordem Vertical” vai ser inaugurada no próximo dia 4 de março, sábado, pelas 18h00, com a presença do autor, e estará patente ao público até ao dia 27 de maio de 2017, com entrada livre.

“Na Ala da Frente apresentam-se obras que nos permitem aceder a este universo pictórico de Pedro Casqueiro onde somos desafiados a uma observação cuidada e de atenção demorada, tempo necessário para convivermos com o corpo da Pintura”, refere a propósito da exposição António Gonçalves, curador da galeria

Pedro Casqueiro tem tido um percurso singular, coerente e com uma prática exigente do exercício da pintura. Não se propõe fazer uma representação do abstrato, mas aprofunda a conceção do abstrato. A pintura como forma de pensamento que vai sendo explorada nas mais cuidadas pesquisas, com recurso à cor, às formas geométricas que constroem universos de reflexão, de ironia, de profundidade de observação.

Pedro Casqueiro nasceu em Lisboa em 1959 onde vive e trabalha. Frequentou o curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Desde de 1981 que tem apresentado o seu trabalho em numerosas exposições individuais e coletivas.

Recorde-se que a Galeria Municipal “Ala da Frente”, assim chamada pelo facto da sala de exposição se encontrar na ala da frente do Palacete Barão da Trovisqueira, e por referência à contemporaneidade e vanguardismo associados ao espaço, foi inaugurada em 30 de maio de 2015, tendo iniciado o seu percurso com uma exposição de obras de Jorge Molder. Seguiu-se Rui Chafes, o vencedor do Prémio Pessoa 2015, com a mostra “Exúvia”, José Pedro Croft, com “Prova de Estado”, e Pedro Cabrita Reis com “Ridi Pagliaccio”.

FICHA TÉCNICA

Título da exposição: "Desordem Vertical"

Autor: Pedro Casqueiro

Data: 4 de março de 2017 a 27 de maio de 2017

Horário: Terça a Sexta das 10h00 às 17h30. Sábado das 14h30 às 17h30.

Encerra aos domingos e feriados.

Entrada: Gratuita

ARQUEOLOGIA À NOITE VISITA PAÇO DOS CONDES DE BARCELOS

Dia 3 de março, às 21h30

No próximo dia 3 de março, pelas 21h30, o programa de visita aos monumentos do concelho "Arqueologia à Noite" vai dar a conhecer o Paço dos Condes de Barcelos.

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As ruínas do palácio mandado construir pelo conde D. Afonso entre 1406 e 1414 - o «castelo», como os barcelenses o designam - ocupa um lugar de destaque no conjunto edificado do centro histórico de Barcelos, sendo um dos ícones da cidade. Com uma história que acompanha os destinos na vila medieval e a história nacional, foi transformado em Museu Arqueológico, em 1920, recebendo os vestígios arqueológicos e arquitetónicos recolhidos no território do concelho.

A visita tem a duração de uma hora, com entrada livre, mas a inscrição é obrigatória; não é aconselhável a menores de oito (8) anos e os participantes devem munir-se de vestuário adequado às condições atmosféricas noturnas e às baixas temperaturas.

Informações e inscrições para arqueologia@cm-barcelos.pt ou para 915288428.

CELORICO DE BASTO ESTÁ NA ROTA DO KICKBOXING

I Gala de Kickboxing Feminino decorreu este fim-de-semana

Atletas conceituadas na modalidade combateram em Celorico de Basto, no dia 25 de fevereiro, no Gimnodesportivo da EB 2,3/S, numa gala única no concelho e em Portugal.

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As atletas vindas de vários pontos do país demonstram a perícia, a habilidade e a força nos combates que protagonizaram. Foram 13 combates que preencheram a atenção da plateia do princípio ao fim da gala.

Joaquim Mota e Silva, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, entidade parceira na organização do evento, presente na Gala realçou a necessidade de eventos deste género num concelho que apoia o desporto em diferentes modalidades. “Somos um concelho com mais de 500 atletas federados em diferentes modalidades e temos muito orgulho no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos anos, no desporto. Ter um evento deste género no nosso concelho é muito gratificante sobretudo, pelo trabalho desenvolvido na modalidade pela ACR Fervença que apresenta atletas altamente vocacionadas para a modalidade, como foi visível nesta gala, e que nos têm vindo a colocar no panorama nacional da modalidade” realçou. Uma modalidade que procura afirmar-se em Celorico de Basto.

 Márcio Neves, da ACR Fervença, organização do evento, mostrou-se muito entusiasmado com o evento que prima pela singularidade “por ter apenas combates femininos”, e que por isso, foi “muito bem aceite por todos os agentes ligados à modalidade, visível na quantidade de pessoas presentes e na qualidade das atletas que se apresentaram para os combates”. Márcio Neves referiu ainda que “as atletas da ACR Fervença demonstram uma qualidade acima da média para a prática da modalidade, defrontando-se sempre com garra e determinação, fruto de muito treino e empenho diário. Os resultados já estão a surgir mas estou certo que irão ser ainda mais prometedores” disse. No ringue decorreram 13 combates nas categorias de Light Kick, Light Contact, Low Kick, Full Contact, K1 e Muay Thai.

A I Gala de Kickboxing Feminino foi uma organização da ACR Fervença- Desportos de Combate em parceria com o Município de Celorico de Basto e a federação Portuguesa de Kickboxing e Muaythai.

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ACÁCIO VIEGAS INAUGURA EXPOSIÇÃO EM VIANA DO CASTELO

A exposição estará patente até 26 de Março.

Nascido em 1976, em Viana do Castelo é mestre em Design Industrial, pela Universidade do Porto. Designer desde 1999, tem passado pelas mais diversas áreas, desde o design do produto, design gráfico, web design ao retail design. Em 1999, expõe na primeira edição da  Experimentadesign,  Meeting Point, com o objeto “Quatro L. Constam do seu portfólio trabalhos reconhecidos internacionalmente, obtidos pela participação em concursos e selecionados por meios de comunicação, nas áreas do design gráfico e de produto.

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Em 2002, por convite, ingressa na carreira docente, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, como assistente onde permaneceu por vários anos.

Em 2014, em busca de novas formas de expressão, fruto de uma necessidade interior de manifestação espiritual e expansão da consciência, encontra na arte a forma de extrapolar a funcionalidade dos objetos e a objetividade da comunicação imposta pelo design, abrindo novos caminhos de exploração semântica da forma para comunicar com a alma.

A mistura de conhecimentos influenciam claramente a escolha das técnicas e dos suportes, apresentando o artista uma abordagem pragmática na representação. Explora o digital como forma de estudo, preferindo as técnicas industriais e contemporâneas para materializar as suas ideias e pensamentos relacionados com manifestações espirituais, culturais e de essência da própria vida.

Na sua arte, propõe-se provocar um despertar da consciência, uma mudança de significado ou de perspetiva.

Os seus primeiros ensaios artísticos são mostrados ao grande público, pela primeira vez, na edição de 2015 do Guimarães nos noc, com a exposição “Consciência” e em seguida, em Lisboa, no Instituto Macrobiótico de Portugal, com a exposição individual “Ser”, com obras inspiradas em textos originais de vários autores portugueses.

3ª EDIÇÃO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO ARRANCA A 13 DE MARÇO EM CAMINHA

De 13 a 29 de março, Arga de Baixo, Lanhelas, Azevedo, Vile, Vila Praia de Âncora e Vilarelho vão receber os Encontros de Participação

A 3ª edição do Orçamento Participativo de Caminha está prestes a começar. Os encontros de participação onde a população poderá apresentar as propostas e decidir os projetos que quer para o concelho de Caminha deverão iniciar a 13 de março, em Arga de Baixo.  Em Caminha, os cidadãos continuam a decidir como investir os seus impostos. Esta será uma das propostas que irá ser votada na reunião de Câmara na quarta-feira, dia 1 de março, pelas 15H00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

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A implementação do Participativo de Caminha é uma das bandeiras do executivo liderado por Miguel Alves. Como o tem afirmado em várias ocasiões “em Caminha, como em nenhuma outra parte do mundo, são as pessoas que decidem o que fazer com a percentagem de IRS que fica no concelho. Não existe isto em lado nenhum e é por isso que o concelho de Caminha foi convidado pela Comissão Europeia para ir à Tunísia mostrar como se fazem as coisas”.

O Orçamento Participativo de Caminha é um processo de participação cidadã, que visa assegurar o envolvimento dos munícipes na decisão anual sobre as prioridades de investimento público autárquico, reforçando, desse modo, os mecanismos de interação com a população, de transparência na alocação dos recursos públicos e de aprofundamento da democracia a nível local.  O Orçamento Participativo 2017 contempla uma verba de 195 mil euros, o que correspondente ao montante de IRS que se prevê que os munícipes do concelho paguem durante o ano de 2017. É importante referir que cada projeto não poderá ultrapassar os 65 mil euros.

Os Encontros de Participação arrancam no dia 13 de março, em Arga de Baixo. No dia 15, é a vez de Lanhelas acolher a sessão; no dia 20, a equipa estará em Azevedo: no dia 22, em Vile; no dia 27 em Vila Praia de Âncora e terminam a 29 de março, em Vilarelho.

Depois disso, decorrerá a análise técnica sobre cada uma das propostas vencedoras, o que deverá acontecer até ao dia 27 de maio. A consulta pública terá lugar entre os dias 29 de maio e 07 de junho. A votação decorrerá de 19 de junho a 14 de julho. Os resultados serão conhecidos a 28 de julho.

Recorde-se que a recuperação do espaço envolvente ao Dólmen da Barrosa (Vila Praia de Âncora); a adaptação do Centro Cultural de Gondar para Unidade de Apoio Domiciliário (Gondar); a reparação do Cais da Rua e colocação de guindaste para embarcações (Caminha), a Rede Wi-Fi para as freguesias das Argas; a beneficiação do Jardim de Infância de Âncora; a execução do projeto do Cais de Rua Sul (Caminha) e a  recuperação do Monte Calvário (Vila Praia de Âncora), foram os projetos vencedores das duas primeiras edições.

GUIMARÃES CANDIDATA-SE A CAPITAL VERDE EUROPEIA 2020

DECLARAÇÃO DE CONSENSO POLÍTICO

Os partidos políticos com representação na Assembleia Municipal de Guimarães, respetivamente o Partido Socialista, a Coligação Juntos por Guimarães (que integra o Partido Social Democrata, o CDS - Partido Popular e o MPT - Partido da Terra), a Coligação Democrática Unitária (que integra o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista Os Verdes) e o Bloco de Esquerda, vão subscrever uma Declaração de Consenso Político, que integrará a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia em 2020.

Essa Declaração, que será subscrita pelos representantes de todos os partidos políticos, pelos vereadores eleitos da Câmara Municipal e pelos líderes dos grupos parlamentares dos partidos políticos com representação na Assembleia Municipal de Guimarães, será realizada na próxima quinta-feira, dia 02 de março de 2017, pelas 18 horas, no Laboratório da Paisagem, num ato público que se reveste da maior importância para Guimarães.

VIMARANENSES DEBATEM ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

PROJETO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

Centro de Educação e Interpretação Ambiental inaugurado no Penha-Centro Escutista de Guimarães

Ideia apresentada no Orçamento Participativo teve como proponente Miguel da Silva Araújo. Concelho passa a ter mais um «espaço de excelência» para a educação ambiental e interpretação da natureza.

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O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, inaugurou no Penha - Centro Escutista de Guimarães o Centro de Educação e Interpretação Ambiental (CEIA), uma proposta apresentada pelo vimaranense Miguel da Silva Araújo no âmbito do Orçamento Participativo de Guimarães, instrumento que permite aos cidadãos participar ativamente na governação municipal.

Este equipamento, além de requalificar a denominada antiga “Casa do Lavrador” do Penha-Centro Escutista de Guimarães, proporciona a criação de um espaço de sensibilização, formação e educação para a preservação da natureza, sustentabilidade e ambiente, dotando o Município de Guimarães de um «espaço de excelência» para a educação ambiental e interpretação da natureza.

Situado na montanha da Penha, “pulmão de Guimarães”, o CEIA é um local onde decorrerão ações formativas sobre boas práticas ambientais em atividades de exterior, permitindo disponibilizar recursos e dinamizar o centro formativo em ações de educação ambiental, privilegiando a realização de atividades no terreno.

O Penha - Centro Escutista de Guimarães passa a ter igualmente mais uma infraestrutura para acolher grupos de crianças, adolescentes e jovens e realizar atividades formativas, privilegiando o contacto com a natureza, o conhecimento do habitat local, bem como a coresponsabilidade na preservação e sustentabilidade ambiental.

«Os nossos escuteiros, parceiros essenciais no caminho de Guimarães como território ambientalmente sustentável, objetivo da Capital Verde Europeia, são preponderantes na formação dos jovens e têm um papel fundamental em formar formadores de qualidade. Com este novo espaço, poderão continuar a desenvolver a componente social e ambiental que tão bem caracteriza o movimento escutista na proteção da natureza», referiu Domingos Bragança. 

CELORICO DE BASTO DESFILA NO CARNAVAL

Desfiles de Carnaval nos Centros Urbanos de Celorico de Basto

Como habitualmente, os corsos carnavalescos encheram as ruas dos Centros Urbanos de Celorico de Basto na sexta-feira antes da terça-feira de Carnaval. Um desfile protagonizado pelos Centros Escolares, pelos jardins de Infância e por instituições de solidariedade que se associam à folia.

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“Celorico de Basto brinca sempre ao Carnaval, uma efeméride que prima pela alegria e boa disposição e que contagia toda a gente” referiu o presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva. “Nota-se o trabalho dos professores, educadores e crianças na elaboração dos trajes muito bem conseguidos e que dão cor e alegria a este cortejo” realçou.

Em Celorico de Basto desfilaram os meninos do Centro Escolar da Vila de Celorico de Basto, os utentes do CAO, as crianças do jardim-de-infância de Arnoia, as crianças do jardim de Infância da Sta. Casa da Misericórdia e as crianças da creche da Associação de Solidariedade Social de Celorico de Basto. Este corso carnavalesco teve como tema as regiões de Portugal e as suas características mais conhecidas.

 Há mesma hora decorreu o desfile de Carnaval na vila de Fermil de Basto. Durante a tarde as crianças do Centro Escolar de Gandarela e do Jardim de Infância de Ribas e do jardim de Infância de Caçarilhe desfilaram devidamente mascarados pela vila de Gandarela. Há mesma hora decorreu o desfile de Carnaval no Centro Urbano da Mota com muita animação protagonizada pelo Centro Escolar da Mota.

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GUIMARÃES REÚNE EXECUTIVO MUNICIPAL

SESSÃO ÀS 10 HORAS

Agenda do Executivo para a reunião de Câmara desta quinta-feira, 02 de março de 2017

29 pontos fazem parte da Ordem de Trabalhos da reunião programada para a manhã desta quinta-feira, com início às 10 horas, na Sala de Reuniões da Câmara Municipal.

A aprovação da minuta de contrato para a instalação de um parque de patinagem num terreno propriedade do Vitória Sport Clube, no âmbito de um acordo para a concessão de utilização privativa de bens do domínio público e constituição de direito de superfície, e a aprovação da minuta de contrato para a construção da EB 2,3 das Taipas são dois dos assuntos que vão ser apreciados pelo Executivo Municipal de Guimarães esta quinta-feira, 02 de março, em reunião ordinária de Câmara com início agendado para as 10 horas, na Sala de Reuniões dos Paços do Concelho.

A Vereação vai também analisar o início do procedimento para a alteração de regulamentos municipais de atribuição de apoios, a contratação de serviços de transporte escolar em carreira pública (contratação excluída nos termos do nº 1, do artigo 5º do Código dos Contratos Públicos) para o ano letivo 2017/2018 e a concessão de apoio às XXIII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental da Associação Portuguesa de Educação Ambiental, que se realizam em Guimarães de 24 a 26 de março.

Na reunião, será votada a atribuição de apoios para a comparticipação de obras de melhoria de condições de habitabilidade de três munícipes, no âmbito do Regulamento Municipal para a Atribuição de Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos. O Executivo Municipal vai ainda pronunciar-se sobre a edição de 2016 do Prémio de Direito Público e Democracia Local Cândido de Oliveira e atribuição de um subsídio à Organização Carnavalesca Taipense. A ordem de trabalhos completa da reunião do Executivo Municipal é a seguinte:

01 - Erros e Omissões- Reperfilamento Rua Manuel Tomás, Creixomil- processo 1/17

02 - Ecovia-Ciclovia - aquisição de terrenos

03 - Aprovação da Ata da Reunião Ordinária de 16 de fevereiro de 2017

04 - Parque Estacionamento Camões - Processo 106/16 - Esclarecimentos - Ratificação

05 - "Construção da EB 2,3 das Taipas - Caldelas" - Aprovação de Minuta do Contrato

06 - Prémio de Direito Público e Democracia Local Cândido de Oliveira - Edição de 2016 - Atribuição de Prémio

07 - Início de Procedimento para Alteração de Regulamentos Municipais de Atribuição de Apoios

08 - Contratação de serviços de transporte escolar em carreira pública (contratação excluída nos termos do nº 1, do artigo 5º do Código dos Contratos Públicos) - ano letivo 2017/2018.

09 - Transferência de Verbas para o Ano 2017 - Associação de Municípios do Vale do Ave

10 - Transferência de Verbas para o Ano de 2017 - Comunidade Intermunicipal do Ave

11 - Apoio às XXIII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental da Associação Portuguesa de Educação Ambiental - 24 a 26 de março.

12 - Conferência Internacional - Contextile 2016 - Bienal de Arte Têxtil Contemporânea - Retificação de Deliberação - Ratificação

13 - Designação dos representantes do Município no Conselho Geral da Escola Secundária das Taipas

14 - Pedido cedência autocarro-ABAE-Dias 15 a 19 fevereiro

15 - Pedido cedência autocarro-EB1-JI Mascotelos-Dia 3 de abril

16 - Pedido cedência autocarro-Escola Básica-JI Fafião-Dia 15 de março

17 - Pedido cedência autocarro-Agrup. Escolas Vale S. Torcato-26 abril

18 - Pedido cedência autocarro-EB1-JI Vermis-Dia 13 de março

19 - Pedido cedência autocarro-EB1-JI Aula-Dia 24 de abril

20 - Pedido cedência autocarro-EB1 Além-Dia 28 de abril

21 - Pedido cedência autocarro-EB1-JI Quinta do Vale-Dia 20 de abril

22 - Apoio na comparticipação de obras para melhoria das condições de habitabilidade de uma munícipe - Apoios à Habitação ao abrigo da alínea e) do artigo 2º do Regulamento Municipal para Atribuição de Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos

23 - Apoio na comparticipação de obras para melhoria das condições de habitabilidade de uma munícipe - Apoios à Habitação ao abrigo da alínea e) do artigo 2º do Regulamento Municipal para Atribuição de Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos

24 - Comparticipação em obras para adaptação de uma casa de banho de uma habitação - Apoios à Habitação ao abrigo da alínea d) do artigo 2º do Regulamento Municipal para Atribuição de Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos

25 - Organização Carnavalesca Taipense – atribuição de subsídio

26 - Utilização do Grande Auditório do CCVF pelo Sindicato dos Professores do Norte – revogação

27 - Vespa Clube de Guimarães – Oferta de Bandeira

28 - Instalação de um Parque de Patinagem num Terreno Propriedade do Vitória Sport Clube – Acordo para Concessão de Utilização Privativa de Bens do Domínio Público e Constituição de Direito de Superfície – Aprovação da Minuta do Contrato

29 - Aprovação da Ata em Minuta     

Ligação para transferência dos documentos que serão apreciados na Reunião de Câmara (02.03.2017): https://we.tl/9gq6O2qpm9 (link disponível até 07 de março 2017)

JOVENS DE COURA DEBATEM A PAISAGEM

Paredes de Coura: participação dos jovens no Plano de Paisagem é caso de sucesso. É o primeiro município do país a elaborar um Plano de Paisagem

Paredes de Coura não é só o primeiro município do país a elaborar um Plano de Paisagem, como a participação pública agora em curso tem tido grande envolvimento da população escolar nas diversas sessões onde os alunos são convidados a refletir sobre a paisagem das Terras de Coura, identificando problemas e perspetivando soluções.

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“Achamos que estas contribuições são um imperativo democrático intergeracional pois, quando se toma uma medida para o futuro não faz sentido deixar de parte os verdadeiros beneficiários desse trabalho que serão os mais jovens e as gerações futuras”, referiu o Presidente da Câmara Municipal, Vitor Paulo Pereira.  

Recorde-se que este projeto-piloto visa o desenvolvimento do Plano de Paisagem para o território e tem como objetivos a valorização do património natural, cultural e urbano, bem como definir medidas orientadoras para a gestão da paisagem que preservem o seu caráter e identidade, reforçando a componente da paisagem cultural nas aldeias e lugares incluídos em Rede Natura e na Paisagem Protegida.

Atualmente, a equipa multidisciplinar que desenvolve o plano tem vindo a preparar diversas sessões de participação pública a fim de permitir e estimular a reflexão, formação e sensibilização social, no que diz respeito à paisagem. No final pretende-se delimitar objetivos de qualidade paisagística para cada unidade de paisagem identificada e definir linhas de ação para proteção e gestão das mesmas.

A última das ações realizadas envolveu cerca de 80 alunos do ensino secundário e profissional que participaram nas sessões públicas, refletindo sobre as diferentes unidades de paisagem das Terras de Coura, e introduziram uma dimensão pessoal ao trabalho técnico desenvolvido, sugerindo, inclusive, novos limites às unidades de paisagem desenhadas pela equipa técnica.

Para Vitor Paulo Pereira “esta participação é normal pois os jovens entendem que, mais do que pedir contribuições em orçamentos participativos para obras de pouca dimensão, o que é importante é dar-lhes a hipótese de pensar e planear connosco o concelho deles para os próximos 50 anos. Por outro lado, para nós, esta participação é fundamental pois, se os jovens contribuírem e se reverem nas escolhas feitas hoje, no futuro serão os seus principais defensores”.

O presidente da Câmara de Paredes de Coura vai mais longe: “o futuro faz-se através do compromisso com os outros e através do compromisso com a paisagem. Um diálogo que tem de ser feito através de um plano racional, sustentável e estimulador do desenvolvimento. Temos de fazer um esforço para conciliar interesses sociais e os interesses ecológicos num contexto de desenvolvimento sustentável. Paisagem é valor, é riqueza. Quem não compreende isto, não compreende o futuro”, concluiu.

Para além da população escolar foram também chamados a participar nas reuniões públicas e workshops vários especialistas, associações locais, juntas de freguesia e grupos de interesse, introduzindo diversas visões pessoais, mas também diferentes conhecimentos e abordagens técnicas específicas que alimentam e diversificam o conhecimento sobre as paisagens de Paredes de Coura e as suas dinâmicas.

De acordo com a arquiteta Isabel Matias, coordenadora do projeto, as sessões públicas “têm vindo a constituir um contributo muito importante para o Plano de Paisagem das Terras de Coura. Para além disso, uma vez que este plano segue os princípios da Convenção Europeia da Paisagem e a sensibilização da população para a tomada de consciência do valor do seu território e das características das suas paisagens é um dos objetivos a alcançar, parece-nos que a ampla participação é já um fruto deste trabalho”, observou.

Durante a próxima semana decorrerão as últimas sessões públicas de participação cujos locais e horários estão acessíveis no site do Município onde os internautas poderão também encontrar o formulário de participação online disponível.

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GUIMARÃES APRESENTA 2º FESTIVAL DE MÚSICA RELIGIOSA

O Município de Guimarães apresentou à comunicação social o Programa do FMRG 2017.

O programa da segunda edição do Festival de Música Religiosa de Guimarães foi ontem apresentado em conferência de imprensa, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

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O evento, com direção artística de José M. Pedrosa Cardoso, organizado pela Câmara Municipal, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães e a Sociedade Musical de Guimarães, decorrerá no período pascal.

O Festival de Música Religiosa de Guimarães 2017, na continuidade do êxito alcançado no ano passado, vai oferecer um conjunto de propostas cujas músicas foram compostas ao longo dos séculos sob o signo da religião, numa grande diversidade de estilos e grupos: recitais, cantochão, música coral, música de conjuntos da denominada música antiga e música coral-sinfónica.

CÂMARA DE CAMINHA VAI ATRIBUIR 76.400 EUROS AOS CLUBES E ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS DO CONCELHO

Reunião terá lugar amanhã, quarta-feira, pelas 15H00, no Salão Nobre do Edifício Paços do Concelho

A aposta no Desporto e o apoio às associações desportivas é o tema dominante na próxima reunião de Câmara. Miguel Alves vai propor ao executivo a atribuição de verbas no montante de 76.400€ a 15 clubes e associações desportivas do concelho. Ainda vão ser votados a atribuição de desconto de 50% da tarifa de utilização das Piscinas Municipais de Vila Praia de Âncora a sócios de clubes e associações desportivas do concelho e a celebração de um protocolo para a realização de um torneio de futebol. Estas e outras propostas serão apreciadas e votadas na reunião de Câmara que terá lugar esta quarta-feira, dia 1 de março, pelas 15H00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

O executivo caminhense vai pronunciar-se sobre o apoio de 76.400 € que o Município vai atribuir aos clubes e associações desportivas do concelho. Em causa estão o Clube de Andebol de Caminha; o G.D.C. Venade; o Lanhelas F.C.; o Âncora Praia F.C.; o C.C.D. Ancorense; o Atlético Clube de Caminha; a Associação Desportiva Juventude V.P.; o Sporting Club Caminhense; o Jucaminha; a Associação Triatlo de Caminha; o Âncora Praia F.C (futsal); o Nautiminho; o Desnível Positivo; a Associação Columbófila Ancorense e o Surf Clube. Estes apoios são concedidos na sequência da inscrição dos Clubes e Associações Desportivas do Concelho de Caminha no REMAD e dos pedidos de apoio no âmbito do PAAD, previstos no Regulamento de Apoio ao Associativismo Desportivo. Para além destes apoios, são muitos os eventos que o Município organiza e coorganiza para promover o Desporto e o próprio concelho. Exemplos disso são o Rally de Portugal (etapa Caminha 19 de maio); a III Meia Maratona Sunset de Caminha (03 junho); o Triatlo Longo de Caminha (24 junho); o Grande Trail da Serra d’Arga (23 e 24 de setembro), entre muitas outras atividades.  

Como foi acima referido o desporto é uma aposta estratégica deste executivo, bem como o apoio às associações e clubes desportivos. Os apoios não se ficam só pelas verbas a atribuir anualmente a cada uma das associações. O Município vai mais longe e vai propor a atribuição de desconto de 50% da tarifa de utilização das Piscinas Municipais de Vila Praia de Âncora a sócios de clubes e associações desportivas do concelho. Recorda-se que no âmbito do incentivo à prática desportiva nomeadamente à prática da natação, o Município tem em curso o projeto piloto Caminha Sabe Nadar, que proporciona a todas as crianças do concelho de Caminha, com idade menor ou igual a oito anos, aulas gratuitas de adaptação ao meio aquático e natação para que fiquem dotadas de mecanismos de defesa em meio aquático, para que possam desfrutar de qualquer desporto náutico em segurança.

Ainda no âmbito do incentivo ao Desporto, o executivo vai votar um protocolo a celebrar entre o Município de Caminha e o Centro Cultural e Desportivo Ancorense para a realização do torneio de futebol – escalões infantis e benjamins, que vai envolver 230 jogadores, no montante de 5.000€, a realizar nos dias 17 e 18 de junho.

PÓVOA DE LANHOSO DEBATE CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Palestra e abertura da exposição de fotografias. O Caminho de Santiago de Compostela – um Caminho para todos, no Castelo de Lanhoso

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, em parceria com a Associação Espaço Jacobeus (AEJ) – Delegação de Braga, vai organizar uma palestra subordinada ao tema “O Caminho de Santiago de Compostela – um Caminho para todos”, que terá lugar no Castelo de Lanhoso, no dia 10 de março, pelas 21h00.

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Além de uma contextualização histórica sobre os principais caminhos que atravessam Portugal em direção a Santiago de Compostela, serão abordadas questões como a recente proposta de inclusão do Caminho Português de Santiago na lista de Património da Humanidade, a candidatar à UNESCO, pela Associação Espaço Jacobeus e pela Associação Via Lusitana, e as implicações que esta candidatura representa para o território português e espanhol.

Serão, também, narradas as constantes peregrinações que os membros da AEJ – Delegação de Braga realizam e, em função dessa experiência acumulada, esta será uma boa forma de dissipar as dúvidas sobre as etapas, as distâncias, o que levar, os albergues e o que visitar ou simplesmente de trocar experiências vividas ao longo do Caminho de Santiago de Compostela.

Em seguida, proceder-se-á à abertura de uma exposição de fotografias, que resulta da recolha fotográfica efetuada pelos membros da AEJ – Delegação de Braga, no decurso de algumas peregrinações inclusivas a Santiago de Compostela, evidenciando as diversas experiências, sensibilidades e dificuldades com que os/as peregrinos/as se deparam ao longo do Caminho.

Apesar de todas as dificuldades inerentes à transposição das barreiras físicas, que ainda subsistem, o espírito colaborativo faz com que as jornadas a Santiago de Compostela sejam um Caminho para todos. Esta exposição pode ser visitada entre 10 e 24 de março de 2017.

FESTA DA ORELHEIRA E DO FUMEIRO ATRAI MAR DE GENTE A CABECEIRAS DE BASTO

Leilão das Orelheiras cumpriu tradição em Cabeceiras de Basto

Meia centena de orelheiras foram ontem, dia 26 de fevereiro, a leilão na Festa da Orelheira e do Fumeiro que encerrou hoje em Cabeceiras de Basto. O leilão das orelheiras e outros produtos oferecidos pelos expositores de fumeiro presentes na festa foi muito participado neste domingo gordo que antecede o dia de Carnaval, atraindo um mar de gente ao Pavilhão Desportivo de Refojos.

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De acordo com a organização do evento, a iniciativa foi “um sucesso” não só pelo volume de negócios gerado, como pela afluência do público que esgotou o produto de muitos expositores/produtores deste certame. Orelheiras, alheiras, presuntos e chouriças foram as iguarias mais vendidas e os produtores mostraram-se muito satisfeitos.

Os Cabeceirenses têm sabido criar sinergias entre a tradição e as novas tecnologias, o que significa que a produção de enchidos/fumeiro desta região mantém os sabores e saberes ancestrais, estimulando a economia local e promovendo o concelho.

Durante o fim de semana foram milhares os visitantes desta 21ª edição do certame que ficou marcado pela atuação de vários grupos de música, dança e cantares ao desafio, jogos tradicionais e teatro. O Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, visitou no passado dia 25 de fevereiro a Festa da Orelheira e do Fumeiro, regozijando-se com a presença de muitos jovens produtores neste certame.

Organizada pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto há 21 anos, esta feira tem gerado dinâmicas socioeconómicas relevantes para o comércio e a restauração locais.

A Festa da Orelheira e do Fumeiro, que este ano contou com 80 expositores, ficou assim marcada pela exposição/venda de produtos locais, pela animação musical e pela promoção da ‘Tasquinha’ com os sabores mais característicos desta região nesta época de Carnaval.

Com a Festa da Orelheira e do Fumeiro continua também a aposta do Município de Cabeceiras de Basto nos produtos locais e na promoção e valorização do interior.

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FERRY-BOAT SANTA RITA DE CÁSSIA INTERROMPE TRAVESSIAS A PARTIR DE QUINTA-FEIRA

A paragem deve-se à realização de trabalhos de manutenção e renovação do certificado de navegabilidade

A partir de quinta-feira, dia 2 de março, o ferry-boat Santa Rita de Cássia, que estabelece percursos diários entre as duas margens do rio Minho, de Caminha a A Guarda, vai interromper temporariamente as travessias. A embarcação vai ser alvo de trabalhos de manutenção, necessários para a renovação do certificado de navegabilidade.

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Esta paragem temporária deve-se à necessidade de docagem da embarcação, para se realizarem os trabalhos de manutenção. Posteriormente, o ferry-boat será vistoriado por técnicos da Direção-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos. Estes procedimentos, como referimos, são condições necessárias para a renovação do certificado de navegabilidade.

 Não há previsão certa para a retoma das travessias.

A Câmara Municipal solicita a melhor compreensão pelo incómodo que esta paragem possa causar.

RENOVADA IGREJA MATRIZ ORGULHA FAMALICENSES

Obras de restauro foram inauguradas este domingo numa cerimónia que contou com a presença de largas centenas de pessoas

De cara lavada, mas sem perder os traços e as memórias que fizeram deste espaço centenário um dos corações fortes da cidade de Vila Nova de Famalicão.

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Foi desta forma que a renovada Igreja Matriz reabriu ontem portas à comunidade, depois de um conjunto de obras de restauro e de recuperação que começaram no início de 2015 e que implicaram um investimento total de 780 mil euros.

A cerimónia de inauguração das obras decorreu sob o olhar curioso e expectante de largas centenas de pessoas, tendo contado com as presenças do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, do Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, entre outras personalidades da vida civil famalicense.

No final de uma cerimónia carregada de simbolismo, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, referiu que "esta intervenção valorizou o espaço citadino e voltou a dar condições para que a Igreja Matriz retome o papel de centralidade que tem na cidade".

O edil elogiou ainda a "audácia e a coragem" de todos quantos se esforçaram para que a obra se concretizasse, referindo-se particularmente ao movimento cívico "Eu Sou Matriz" que mobilizou a comunidade famalicense na angariação de fundos, conseguindo obter mais de 100 mil euros.

Já o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, confessou ter vivido este domingo em Famalicão uma tarde de grande alegria. "É um momento de grande jubilo, mas ao mesmo tempo de grande responsabilidade para todos. Se é difícil edificar fisicamente uma igreja, mais difícil ainda é construir uma igreja espiritual, uma igreja viva, de comunhão de pessoas responsáveis, que se empenham na vida civil e que estão disponíveis para servir a comunidade".

Para além da recuperação total e restauro do edifício, incluindo o altar barroco, a Capela das Santas Chagas e a Arte sacra, a grande novidade da obra, que contou com um apoio municipal superior a 250 mil euros, foi a criação de um novo altar, um novo ambão e presidência.

As portas exteriores do edifício, considerado um dos mais valiosos do património religioso e cultural do concelho, ganharam novos elementos simbólicos, sendo que uma tem representada a ressurreição de Cristo e outra o anúncio a Santa Maria Madalena.

No interior, o caminho até ao altar representa o caminho dos discípulos no reconhecimento de Jesus. As portas têm também um significado: através da pega em forma de cajado representa-se o peregrino que vai ao encontro de Jesus.

Refira-se ainda que nos anexos foram criadas novas valências: Capela da Esperança (para velórios), a Capela da Misericórdia e sacristia.

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